Pedal fotográfico realizado até o município de Canguçu, com área de 3.525 km² e cuja sede localiza-se a cerca de 110 km da cidade do Rio Grande.
Na imagem abaixo segue o trajeto do pedal, via BR-392.
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Trajeto do pedal fotográfico Rio Grande-Canguçu |
O município de Canguçu tem aproximadamente 56.000 habitantes (IBGE, 2016) e uma densidade demográfica de 15,87 hab./km². Localiza-se a uma latitude de 31°24'13.04"S e longitude de 52°41'1.17"O (ponto referencial correspondente à entrada principal da cidade e determinado com GPS Garmin etrex 30), com altimetria média de 378 metros acima do nível do mar. Limita-se com Encruzilhada do Sul, Amaral Ferrador, Cristal, Cerrito, Morro Redondo, Pelotas, São Lourenço do Sul e Piratini.
A denominação de Canguçu deriva da palavra indígena Caa-guaçu, significando mata grande ou mato grosso, de igual forma que já foi denominada primitivamente a região onde se situa a célebre Avenida Paulista em São Paulo, bem como outros locais, segundo se conclui ou lê-se em descrições mais antigas. Caa-guaçu era uma alusão à milenar mata grande que encobriu primitivamente a encosta da Serra dos Tapes voltada para a Lagoa dos Patos, e que daria o nome a ilha de Canguçu, mais tarde chamada de ilha da Feitoria como parte da estância Feitoria depois de adquirida por esta. Apesar disso, muitas fontes regionais apontam para a origem do nome do município como a derivação da palavra indigena acaanguaçu, nome dado pelos indios a uma pequena onça que habitava aquela região.
Foram feitos registros fotográficos ao longo do trajeto, com fotos na ciclovia (Pelotas), ao longo da BR-392, cidade de Canguçu e no Santuário Nsa da Conceição (31°23'51.00"S e 52°41'18.95"O), considerado um dos pontos mais altos do Planalto Sul-Riograndense, com altimetria aproximada de 460 metros acima do nível do mar.
Várzea do Canal São Gonçalo (Rio Grande) |
Passagem pela ciclovia (Pelotas) |
BR-392 (Pelotas - Canguçu) |
No pedal a Canguçu é válido falar sobre o Planalto Sul Rio-Grandense, que se localiza no centro-sul do estado e nas fotos pode-se ter uma ideia de algumas de suas características:
- É formado por áreas rochosas cristalinas (predomínio de granitos) da primeira fase da história da Terra (Pré-Cambriano);
- Rochas atacadas pela erosão devido a sua antiguidade desta unidade geológica, gerando morros arredondados que podem ultrapassar 300 metros de altura (em Canguçu, chega até 460 metros no Morro das Antenas);
- Nas partes mais altas, os morros são agrupados gerando serras, por isso na região existem as serras do Sudeste.
Outro referencial na cidade é o Monumento ao Colono (31°24'10.35"S e 52°40'55.02"O): Situado próximo ao principal trevo de acesso à cidade, estrutura foi inaugurada no final da década de 70. Apresenta a figura de um lavrador com arado puxado por uma junta de bois, simbolizando a agricultura familiar de forma rudimentar e manual, como no início da colonização. Outra figura masculina – com um cesto – tem dupla representação: o cesto serve tanto para o transporte de sementes como para recolher os produtos da lavoura. Uma figura feminina, um pouco curvada, representa o plantio manual e a participação da mulher na economia de base familiar. Ao fundo, as planícies e morros exemplificam o relevo do município. Mais detalhes em http://cangucuonline.com.br/noticia/o-monumento-que-homenageia-a-colonizacao-pomerana
Na ocasião, conheci alguns integrantes de um grupo local de ciclismo: o Pedal Bagual.
Pedalar até a Canguçu é tomar um cafezinho no pedágio, é encarar subidas e descidas no Planalto Sul-Rio-grandense e admirar as suas paisagens, é observar os tipos de rochas, viajar pelo pelo período geológico Pré-Cambriano, é pedalar até o santuário Nsa da Conceição, visitar o Monumento ao Colono, conhecer o grupo Pedal Bagual e tantas outras coisas mais, que um pedal só é muito pouco para explorar as belezas desse município!
Folhas Topográficas do Exército-RS (Escala 1:50:000) abrangidas no pedal Rio Grande - Canguçu: Rio Grande, Quinta, Pelotas, Monte Bonito, Passo das Pedras de Cima e Cangussu.