sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Do Cassino ao Chuí pela praia em 23 pontos (Rio Grande - Santa Vitória do Palmar/RS)

"Nesta praia arenosa repleta de paisagens invisíveis, onde encontramos os abismos que são horizontais. Essa praia imensa leva a gente para um estado de espírito de profunda paz" (trecho extraído do documentário Curtas Gaúchos - A Maior Praia do Mundo)


Muitos se perguntam: "o que há depois do navio???..."

Bem vindos à expedição Cassino-Chuí via praia! Compartilho com vocês um pouco da experiência por esta extensão de praia, que engloba a cicloviagem Cassino-Chuí (realizada entre os dias 1° e 3 de fevereiro de 2017), somada a outras experiências entre os anos de 2012 e 2020.
A cicloviagem Cassino-Chuí pela praia sempre foi meu sonho de pedal, que estava “encantado” há anos! Para orientação, além de alguns relatos, foi realizado um estudo detalhado do trajeto, a partir análise das imagens de satélite do Google Earth. Em experiências  realizadas anteriormente pela praia, foram coletadas as coordenadas geográficas (latitude e longitude) de vários referenciais por meio de um GPS Garmin etrex 30. Cada quilômetro da extensão de praia foi mapeado com base nas imagens do Google Earth, nos pontos e trajetos gravados no GPS, utilizando-se como apoio o software GPS TrackMaker (vide o mapa a seguir). Também foi realizado o monitoramento das condições climáticas através do aplicativo Windy (vento, nuvens, temperatura e precipitação).


  Mapa do trajeto Cassino - Chuí (via praia)

A extensão de praia Cassino-Barra do Chuí está localizada no extremo Sul do Brasil e compreende aproximadamente 220 km de extensão (219 km da raiz do molhe Oeste da Barra do Rio Grande até a raiz do molhe da Barra do Chuí, conforme mapeamento detalhado feito com o Google Earth). É considerada uma das maiores extensões de praia do mundo e apontada como a décima linha de praia contínua em extensão no planeta (Domingues, 2012). A referida extensão de praia tem sido rota para pesquisadores e aventureiros com propósitos diversificados, dentre eles cicloviagens, expedições off-road e ultramaratonas, percorrendo de molhe a molhe.
Constitui uma faixa arenosa contínua que se estende até a fronteira Sul do Brasil com o Uruguai. No sentido Cassino-Chuí, observamos o oceano Atlântico à esquerda, enquanto a Reserva Ecológica do Taim, o Deserto do Albardão e a Lagoa da Mangueira encontram-se à direita. Cerca de 80% da praia são praticamente desertos, o que corresponde a 180 dos seus 220 km aproximados). É um ambiente costeiro inóspito e não povoado, sem abrigos e as condições do tempo e da praia podem mudar muito rápido. Não há hotéis, pousadas, lojas, ruas, quase não há sinal de telefone, internet, nem todo aquele excesso de afazeres e preocupações do cotidiano que nos ocupam a mente e sufocam o espírito. A experiência de passar três dias pedalando numa praia deserta entre conchas, dunas, naufrágios, plantações de pinus e faróis, longe de todo o supérfluo que a mídia e a sociedade nos impõe ostensivamente, permite ao viajante enxergar o que é realmente importante.
A viagem pela extensão de praia foi sintetizada em 23 pontos de referência (alguns foram plotados na imagem de satélite abaixo), em ordem no sentido norte-sul. As coordenadas geográficas (latitude e longitude) estão em graus, minutos e segundos e o referencial de distâncias é o Molhe Oeste da Barra, “ponto zero” da cicloviagem. As fotos fazem parte do acervo fotográfico do autor, sendo citada a fonte no caso de fotos complementares.

Trajeto e alguns pontos plotados sobre imagem de satélite do Google Earth
                                 

Tomando como referencial o Pórtico da cidade do Rio Grande, para chegar até a praia é necessário percorrer aproximadamente 22 km pelas rodovias ERS-734, BR-392 e Estrada da Barra, com outras possibilidades de rotas.

PONTO N° 1 - MOLHE OESTE DA BARRA

Quilometragem: 0 km.
Coordenadas geográficas: 32° 9'40.71"S e 52° 5'51.71"O (ponto aproximado de interceptação do molhe com a linha de praia).
Distância em relação ao ponto anterior: 0 km.
Observações: Ponto de partida da cicloviagem. 



Os molhes da Barra são dois braços de braços de pedra com cerca de 4 km de extensão, que visam dar segurança à navegação no canal do Porto do Rio Grande e possuem uma extremidade em terra e a outra no mar. Além  de fixar a Barra do canal, servem como atrativo turístico, abrigo para lobos e leões marinhos e local de pesca. No caso do Molhe Oeste, os visitantes podem realizar um passeio de vagonetas (carrinhos movidos à vela, que deslizam sobre trilhos, controlados por trabalhadores conhecidos como vagoneteiros) adentrando o Oceano Atlântico. 
Na fotografia aérea abaixo, vemos o canal de acesso ao Porto do Rio Grande e à esquerda o Molhe Oeste da Barra (município do Rio Grande). À direita, o Molhe Leste, no município de São José do Norte. 


Vista aérea dos Molhes da Barra. Fonte: http://internetparatodos.blogs.sapo.pt/1501249.html



         Prontos para o pedal, no ponto inicial da cicloviagem (Molhe Oeste da Barra) - 1°/02/2017.


PONTO N° 2 - ANTIGO TERMINAL TURÍSTICO DA BARRA

Quilometragem: 3,3 km.
Coordenadas geográficas: 32°10'8.75"S e 52° 7'53.48"O.
Distância em relação ao ponto anterior: 3,3 km após o Molhe Oeste.
Observações: Fotos das ruínas do antigo terminal turístico da Barra com a praia ao fundo. As ruínas localizam-se a aproximadamente de 270 metros da linha de praia.





Terminal turístico da Barra na década de 1980:  
Fonte: http://wikimapia.org/29460777/pt/Antigo-Terminal-Tur%C3%ADstico-do-Cassino


PONTO N° 3 - ESTÁTUA DA IEMANJÁ

Quilometragem: 6,3 km.
Coordenadas geográficas: 32°11'14.26"S e 52° 9'21.73"O.  
Distância em relação ao ponto anterior: 3,0 km após o antigo terminal da Barra.
Observações: localiza-se na área central do Balneário do Cassino e possui 2,1 metros de altura. Foi esculpida pelo escultor riograndino Érico Gobbi. 



PONTO N° 4 - COMPLEXO EÓLICO DO CASSINO

Quilometragem: 11,8 km.
Coordenadas geográficas: 32°13'26.28"S e 52°11'44.85"O (início da eólica) e ponto final aproximado no ponto 32°14'25.66"S e  52°12'50.83"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 5,5 km após a estátua da Iemanjá.
Observações: estende-se entre os quilômetros 11,8 e 14,3 da linha de praia e conta com 32 aerogeradores. Fotos: eólica vista com zoom, aves migratórias nas imediações da eólica e do entardecer na praia, com vista parcial do Complexo Eólico do Cassino.




   




    

PONTO N° 5 - NAVIO ALTAIR

Quilometragem: 21,6 km.
Coordenadas geográficas: 32°17'31.31"S e 52°15'36.60"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: está situado a 7,2 km após o último aerogerador da eólica do Cassino (quilômetro 14,3 da linha de praia) e 15,3 km depois da estátua de Iemanjá.
Observações: encalhou na praia em 1976 e encontra-se em avançado estágio de degradação, sofrendo com a ação do tempo e da maresia. Seus destroços exibem os efeitos do processo de intemperismo à beira-mar. É um dos principais pontos de visitação de Rio Grande e está sumindo aos poucos do cenário da praia. 










                                                


            
 PONTO N° 6 - RUÍNAS DO ANTIGO HOTEL NETUNO 

Quilometragem: 24,6 km.
Coordenadas geográficas: 32°18'54.39"S e 52°16'47.86"O.  
Distância em relação ao ponto anterior: 3 km após o navio Altair.
Observações: ruínas de um antigo hotel (Netuno, El Aduar, Olimpo, Stela Maris), sendo algumas construções muito soterradas devido a ação eólica. A praia guarda histórias de ruínas de hotéis entre as dunas e o mar!


















                   PONTO N° 7 - COMPLEXO EÓLICO DO SENANDES

Quilometragem: 32,7 km.
Coordenadas geográficas: 32°22'47.26"S e 52°19'3.37"O (início da eólica). 
Distância em relação ao ponto anterior: 7,9 km ao Sul das ruínas do Hotel Netuno, 11 km após o navio Altair e 26,4 km da Iemanjá.
Observações: estende-se entre os quilômetros 32,7 e 43,7 da linha de praia e conta com 40 aerogeradores. 






               


PONTO N° 8 - NAUFRÁGIO DO "CAMA-DE-FAQUIR" E INÍCIO DAS PLANTAÇÕES DE PINHEIROS

Quilometragem: 38,7 km.
Coordenadas geográficas: 32°25'42.36"S e 52°20'36.81"O.
Distância em relação ao ponto anterior: está situado a 13,9 km do antigo Hotel Netuno e nas imediações do Complexo Eólico do Senandes.
Observações: vestígios de navio (nome desconhecido) e pode-se tratar dos restos de uma antiga embarcação mercante naufragada há mais de cem anos. Foi batizada de "cama-de-faquir" devido aos cravos de ferro que despontam da areia e, por vezes invisíveis, podem provocar acidentes. (reportagem do Jornal Zero Hora, de 06/01/2002) - Rota de aventuras e armadilhas - página 34.Neste ponto iniciam as plantações de pinheiros. 





       

Pela extensão de praia podemos ver grandes plantações de pinus além do cordão de dunas, além de observar um ambiente inóspito e deserto e saborear a vontade de pedalar nesse ambiente!




                   

PONTO N° 9 - BARCO NAUFRAGADO

Quilometragem: 40,7 km.
Coordenadas geográficas: 32°26'42.89"S e 52°21'3.81"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 2 km após o Cama-de-Faquir.
Observações: sequência de fotos mostrando o soterramento deste naufrágio no período compreendido entre os anos 2012 e 2017. (Destroços do pesqueiro Santa Maria?).

Fotos de 29/12/2012:



Fotos de 29/03/2015:



Foto de 1°/02/2017 (cicloviagem):
                                                                          


A pedalada continua pela praia deserta, até que no quilômetro 62 encontramos ele, imponente na paisagem com seus 37 metros de altura... o Farol do Sarita!



PONTO N° 10 - FAROL DO SARITA

Quilometragem: 62,3 km.
Coordenadas geográficas: 32°37'45.44"S e 52°25'42.90"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 21,6 km após o barco naufragado e 56 km da Iemanjá.
Observações: o Farol do Sarita possui 37 metros de altura. Inaugurado em 12 de outubro de 1909, leva este nome por causa de um de um navio naufragado naquele local. Está localizado praticamente na área limítrofe entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. 
















Importante destacar que a 6 km depois deste ponto há um caminho que pode levar de volta à civilização, pois dali para a frente não tem mais volta e nenhum outro acesso nos próximos 136 km de praia e somente depois dessa extensão, no Hermenegildo. Também vale destacar o Farol do Sarita como ponto para repor as energias, acampar e para descanso.


PONTO N° 11 - BASE COSTEIRA DO ICMBIO

Quilometragem: 73,7 km.
Coordenadas geográficas: 32°43'49.33"S e 52°27'12.78"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 11,4 km após o Farol do Sarita.
Observações: Unidade de Conservação Ambiental ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 

Foto: Aravena, L.H
                           

PONTO N° 12 - NAUFRÁGIO

Quilometragem: 86,8 km.
Coordenadas geográficas: 32°50'33.73"S e 52°29'5.67"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 13,1 km ao Sul da Base do ICMBio.
Observações: vestígios de naufrágio (provavelmente de um navio). 





PONTO N° 13 - FAROLETE VERGA 


Quilometragem: 103,1 km.
Coordenadas geográficas: 32°58'33.74"S e 52°33'28.20"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 29,4 km ao Sul da Base do ICMBio; 40,8 km depois do farol do Sarita.
Observações: farolete com 11 metros de altura e sua construção data de 1964. Também é útil como ponto para descanso e está distante a 40,8 km depois do Farol do Sarita. Além da praia e das dunas, no seu entorno encontram-se as plantações de pinheiros. 












Um abismo horizontal profundo e de profunda paz, um ambiente deserto, pouco explorado, onde as condições do tempo e da praia mudam constantemente! Assim continua o aspecto da paisagem depois do Farolete Verga. Durante a cicloviagem e neste trecho pegamos diversas condições climáticas, um pouco de chuva, maré alta e baixa, areia fofa em alguns trechos. Nas fotos abaixo estão um pouco dessas condições e das belezas dessa imensidão de praia deserta. Nesta parte cruzamos com algumas motocicletas e jipes e um morador local.










Conforme pedalamos, observa-se que as plantações de pinheiros dão lugar ao Deserto do Albardão. Começamos a avistar no horizonte a imagem de um farol, ainda muito longe. É o Farol do Albardão!


PONTO N° 14 - O DESERTO DO ALBARDÃO

Quilometragem: 118,0 km.
Coordenadas geográficas: 33° 6'18.37"S e 52°37'37.27"O (ponto aproximado de início do deserto).
Distância em relação ao ponto anterior: 15 km após o Farolete Verga.
Observações: O Deserto do Albardão será detalhado em futura postagem. 








PONTO N° 15 - FAROL DO ALBARDÃO

Quilometragem: 132,0 km.
Coordenadas geográficas: 33°12'9.18"S e  52°42'21.23"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 28,9 km após o farolete Verga e 125,7 km a partir da estátua de Iemanjá.
Observações: O Farol do Albardão, com 44 metros de altura, está localizado na latitude  33°12'9.18"S e longitude  52°42'21.23"O, no quilômetro 132 e distante a 29 km depois do Farolete Verga. É um dos faróis mais isolados na costa brasileira, sendo mantido pela Marinha do Brasil. Estratégico ponto de apoio a viajantes e também como referencial para acampar e descansar. Para utilizar a estrutura do Farol como ponto de abrigo e reabastecimento de água é necessário contato antecipado e autorização da Marinha do Brasil. 
O Albardão foi construído em 1909 devido ao excesso de naufrágios na região. Mais de duzentos já se perderam naquelas águas devido à pirataria e também por falta de conhecimento de rota. A torre atual é de 1948, possui 44 metros de altura e é alimentado por gerador à diesel. As dunas são uma presença constante durante a cicloviagem, porém, durante quase 100 km elas formam um cenário especial. Particularmente próximo à região do Farol de Albardão, elas se estendem sem vegetação por 4 km, em direção à Lagoa da Mangueira e por 40 km no sentido Norte/Sul (área correspondente ao Deserto do Albardão). 
















A paisagem do alto do Farol do Albardão: Oceano Atlântico, Deserto do Albardão e a Lagoa Mangueira.











Entardecer no Farol do Albardão:



Nascer-do-Sol no Albardão:








PONTO N° 16 - O CONCHEIRO

Quilometragem: 152,3  ao 194,0 km.
Coordenadas geográficas: 33°19'52.76"S e 52°50'16.30"O (boia que demarca o início aproximado do concheiro) e Lat  33°33'19.75"S e Long 53° 7'2.64"O  (boia que delimita o final aproximado). 
Distância em relação ao ponto anterior: 20 km após o Farol do Albardão.
Observações: camadas de areia, muitas conchas, dificuldade de tráfego, grande variabilidade nas condições ambientais. 











Ao pedalar cerca de 20 km depois do farol do Albardão e chegamos no concheiro, uma das partes mais temidas da praia. O início e o final aproximados do concheiro são demarcados por duas bóias (como na foto abaixo - bóia inicial que demarca o início do concheiro, na latitude  33°19'52.76"S e longitude  52°50'16.30"O e a bóia final - 33°33'19.75"S e 53°7'2.64"O, no sentido Cassino-Chuí). Observamos que a quantidade de conchas na praia começou a aumentar muito e a areia a ficar muito fofa. É uma formação única e trata-se de uma impressionante estrada de conchas, daí o nome, cuja largura varia de 50 a 100 metros. Pode estender-se por até cerca de 50 quilômetros, entre as praias do Cassino e do Hermenegildo.  Em resumo, o concheiro inicia pelo quilômetro 152,3 a partir do Molhe Oeste da Barra e estende-se até o quilômetro 194,0, considerando-se as coordenadas geográficas das bóias de demarcação.  O concheiro é formado por camadas de areia e conchas, muitas conchas! É um trecho de difícil passagem e as condições de localização, de extensão e dificuldades são variáveis e dependem das condições climáticas e da experiência pessoal de quem passa pelo concheiro. E seguimos pedalando , sempre mudando o local de circulação, às vezes mais perto da água ou por dentro dela, outras mais em cima, sempre tentando achar local mais firme para pedalar. Pedalamos por trechos pesados e a velocidade começou a diminuir, sendo que em alguns trechos a areia era tão fofa que foi necessário descer da bicicleta e caminhar. Além disso, foram importantes paradas mais constantes para reidratar e lanchar.


PONTO N° 17 - HOTEL ABANDONADO

Quilometragem: 164,8 km.
Coordenadas geográficas: 33°24'58.58"S e 52°56'46.04"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 32,9 depois do Farol do Albardão.
Observações: ruínas de hotel abandonado, soterradas pelas dunas. 
No quilômetro 164,8 e coordenadas geográficas  33°24'58.58"S e 52°56'46.04"O encontramos as ruínas do hotel abandonado. Conforme informações levantadas junto ao Wikimapia, o dono da construção achava que o local era perfeito para um hotel de uma rota turística, mas como seu projeto não deu certo, a construção ficou abandonada e hoje serve de ponto de referência para os passeios na região. “O Hotel abandonado é um empreendimento que se estivesse funcionando seria um ponto obrigatório de parada aos muitos viajantes daquela costa marítima.” O Hotel Abandonado na praia do Hermenegildo, já virou ponto turístico. Hoje a construção está sendo tomada pelas dunas. Quem conhece o lugar sabe o motivo do abandono. (http://www.fotolog.com/thndy/7208660/). Na passagem por este ponto tivemos uma visão de encher os olhos: nuvens carregadas além de um belo um arco-íris. Ficamos encantados com o explendor desse fenômeno da natureza, que ficou registrado na memória e em nossas máquinas fotográficas.


















PONTO N° 18 - BARCO NAUFRAGADO

Quilometragem: 170,1 km.
Coordenadas geográficas: 33°27'1.36"S e 52°59'6.49"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 5,3 km após as ruínas do hotel abandonado.
Observações: vestígios de barco naufragado. 





PONTO N° 19 - RUÍNAS DO FAROL FRONTEIRA ABERTA

Quilometragem: 174,4 km.
Coordenadas geográficas: Lat 33°28'35.71"S e Long 53° 1'16.17"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 4,4 km após o barco naufragado e 42,5 após o Farol do Albardão. 
Observações:  Não suportou o forte vento Nordeste e foi ao chão.

http://www.panoramio.com/

http://www.panoramio.com/



PONTO N° 20 - HERMENEGILDO

Quilometragem: 205,1 km (área central).
Coordenadas geográficas: 33°40'0.07"S e 53°15'36.47"O (área central). 
Distância em relação ao ponto anterior: 30,7 km após as ruínas do Fronteira Aberta e 73,2 após o Farol do Albardão. 
Observações: balneário pertencente ao município de Santa Vitória do Palmar. 









Estamos no Hermenegildo, uma praia brasileira localizada no município de Santa Vitória do Palmar. Vimos o monumento de entrada do balneário (33°39'56.98"S e 53°15'41.11"O), a praça, a capela Nossa Senhora dos Navegantes, a estátua de Iemanjá e a escada de acesso à praia, na área central do Hermenegildo (quilômetro 205 da praia, a partir do Molhe Oeste da Barra e como referência a latitude  33°40'0.07"S e longitude  53°15'36.47"O).


PONTO° 21 - TURFEIRA - HERMENEGILDO

Quilometragem: 207,0 km.
Coordenadas geográficas: 33°40'43.24"S e 53°16'40.58"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 2 km ao sul da área central do Hermenegildo
Observações: depósitos de turfa. 







PONTO N° 22 - MOLHE DA BARRA DO CHUÍ E ARROIO CHUÍ 

Quilometragem: 218,4 km.
Coordenadas geográficas: 33°44'37.60"S e 53°22'9.89"O (ponto aproximado de interceptação do molhe com a linha de praia). 
Distância em relação ao ponto anterior: 13,3 km ao sul da área central do Hermenegildo
Observações: Ponto final da viagem. 

Finalmente, por volta das 11h do dia 03/02/2017, chegamos no quilômetro 218,4 da cicloviagem: o molhe da Barra do Chuí, cujo ponto de interceptação com a praia encontra-se na latitude  33°44'37.60"S e longitude  53°22'9.89"O. Chegamos ao ponto final da cicloviagem, ajoelhei-me, muito feliz por ter realizado este antigo sonho!








O arroio Chuí é um pequeno curso de água localizado na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, sendo conhecido por ser o ponto extremo sul do Brasil. Nasce num pequeno pântano no município de Santa Vitória do Palmar e, inicialmente, corre de norte para sul. Atravessando o município do Chuí, o arroio muda sua direção para leste, passando a marcar, então, a fronteira do Brasil com o Uruguai até desaguar no oceano Atlântico junto à Praia da Barra do Chuí, balneário de Santa Vitória do Palmar, tendo na margem uruguaia a povoação de Barra del Chuy.


PONTO N° 23 - FAROL DO CHUÍ

Quilometragem: 218,8 km.
Coordenadas geográficas: 33°44'31.08"S e 53°22'23.04"O. 
Distância em relação ao ponto anterior: 0,4 km da linha de praia.
Observações: o Farol possui 30 metros de altura. Ponto final da viagem. 








O Farol da Barra do Chuí (33°44'30.47"S e  53°22'23.04"O) está situado na desembocadura do Arroio Chuí (do qual recebe o nome) no balneário da Barra do Chuí, pertencente ao município gaúcho de Santa Vitória do Palmar, próximo à fronteira com o Uruguai. O farol antigo foi fundado em 1910, logo sendo substituído por um novo obedecendo aos padrões do ano de 1949. Hoje em dia é considerado o farol mais avançado do Brasil. Possui iluminação automática e "Rádio Farol" com alcance de 30 milhas. Farol pintado com faixas horizontais brancas e vermelhas.

Informações complementares:
Lagoa Mangueira: estende-se entre os quilômetros 81 e 185 da praia.
Folhas Topográficas do Exército-RS (escala 1:50.000) abrangidas pela extensão de praia: Rio Grande, Arroio do Marisco, Farol do Sarita, Farol Vergas, Farol do Albardão, Lagoa Mangueira, Ponta da Lagoa e Santa Vitória do Palmar.




Informações acerca da geologia, pedologia, geomorfologia e vegetação com base em mapas do IBGE, na escala 1:250.000, folha SI 22 (Lagoa Mirim):
Geologia: coberturas eólicas holocênicas e Formação Chuí.
Pedologia: dunas, Planossolo Háplico Eutrófico, Neossolos Quartazarênicos Órticos e Hidromórficos.
Geomorfologia: depósitos sedimentares Quaternários e acumulações eólicas - Planície Litorânea.
Vegetação: formações pioneiras, com influência marinha-herbácea, reflorestamento de pinheiros.
Uso atual das terras: áreas de preservação permanente, reflorestamento, pecuária e ocupação urbana.

Links complementares: