quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Forte São Miguel (Chuy - Rocha - Uruguai)


Esta postagem é parte do pedal fotográfico Rio Grande - Santa Vitória do Palmar e Chuí (via BR-471), realizado em março de 2018. Uma das missões deste pedal era visitar o Forte de São Miguel (Fortín de San Miguel), no Departamento de Rocha, Uruguai.
Em relação à área central do Chuí/Chuy, são cerca de 8 quilômetros, seguindo pela Ruta 19. O Forte está situado na borda do embasamento de rochas cristalinas (granitos), a Serra de San Miguel, a uma altitude de 44 metros acima do nível do mar, cujo ponto referencial é 33°41'21.33" de latitude Sul 53°32'19.46" de longitude Oeste. As coordenadas geográficas e a altimetria foram determinadas com um GPS Garmin etrex 30 e a localização pode ser visualizada nas imagens abaixo:





                Forte de São Miguel: mapa de localização e imagem de satélite do Google Earth

Nome atual: Forte de São Miguel
Outras denominações: Fortín de San Miguel
Tipo: Forte
Início da construção: 1737 (DC)
Término da construção: 1797 (DC)
Autor do projeto: José da Silva Paes
Iniciado no governo de: José da Silva Paes
Nacionalidade original: Portugal
Conservação: Restaurado e bem conservado
Proprietário atual e mantenedor: Exército Nacional do Uruguai
Uso: Museu histórico militar
Área: 3.000,00 m2
Localização:
Continente : América do Sul
País : Uruguai
Estado/Província: Rocha
Cidade: Chuy









De menores proporções que a Fortaleza de Santa Teresa - da qual dista em torno de 48 Km - o Forte de São Miguel foi construído pelos portugueses, em 1737, a mando do Brigadeiro José da Silva Paes, que havia fundado e fortificado neste mesmo ano a cidade de Rio Grande de São Pedro, primeira cidade do atual estado do Rio Grande do Sul, e que dois anos depois iria dar início ao sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. 

Sua construção, segundo consta, ficou a cargo do arquiteto português Manuel Gomes Pereira, substituído mais tarde pelo capitão Antônio Teixeira Carvalho, e se deu no âmbito das disputas entre as coroas portuguesa e espanhola pela posse da Colônia de Sacramento, bem como de toda a banda oriental do rio Uruguai, território estratégico no controle do acesso ao Rio da Prata. 








Construído inicialmente em terra ou faxina, já apresentava em 1740 quatro baluartes pentagonais salientes, com muralhas e edifícios erguidos em alvenaria de pedra irregular. Após a conquista do forte pelos espanhóis em 1763, se realizaram algumas melhorias, assumindo basicamente as feições de seu aspecto atual. Sua planta é retangular, com os baluartes arrematados por uma guarita de vigia parcialmente incrustada em cada vértice, totalizando um perímetro amuralhado de aproximadamente 300 metros de comprimento. 

A entrada no forte se dá através de uma ponte levadiça sobre um fosso d´água. As construções interiores (Capela, Casa do Capelão, Casa e Cozinha dos Oficiais, Casa do Comandante, Paiol da Pólvora, Quartel e Cozinha da Tropa), possuem cobertura de telhas cerâmicas em meia água. Estão todas voltadas para a praça de armas central, com a retaguarda apoiada nas muralhas exteriores. Nos terraplenos elevados dos quatro baluartes, 18 troneiras rasgadas nas muralhas permitiam o posicionamento e disparo dos canhões de antecarga do século XVIII. 

Após um longo período de abandono e ruínas, o Forte de São Miguel é declarado Monumento Nacional em 1937, intensificando-se o processo de sua recuperação. Atualmente encontra-se muito bem conservado, funcionando como museu temático sobre historia do uniforme do Exército uruguaio, instituição responsável pela sua manutenção. 

A fortificação é bastante visitada, em especial na temporada de verão, não somente por uruguaios, como também por muitos turistas brasileiros, devido a proximidade do forte com a fronteira brasileira. 
(Fonte: http://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=448&muda_idioma=PT)










O acesso ao Forte é feito através de uma ponte elevadiça (foto abaixo), sobre um fosso inundado. No terrapleno, no lado fronteiro à estrada, ergue-se o edifício da Capela. À direita, distribuem-se os edificios da Cozinha e o Quartel da Tropa (Alojamento). No lado oposto, ficavam o Poço e os edifícios da Casa de Pólvora (Paiol), do Quartel do Comando e do Quartel dos Oficiais, protegidos pelas muralhas, cobertos por telhas em meia água. Toda construção militar dessa época contava com uma Capela.



















O pedal fotográfico até o Forte de São Miguel foi uma ótima experiência. Mais detalhes sobre o contexto histórico e a estrutura do Forte podem ser encontrados nos links abaixo: