quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Toca da Tigra (Santana da Boa Vista - RS)

O município de Santana da Boa Vista está situado na metade Sul do Rio Grande do Sul. Possui uma área aproximada de 1.420 km2, população estimada em 8.130 habitantes (conforme estimativa do IBGE em 2018) e uma densidade demográfica de 5,8 hab/km2.


 Os habitantes se chamam santanenses-da-boa-vista. A área do município abrange as seguintes Folhas Topográficas do Exército, na escala 1:50.000: Cerro Manoel Prates, Rodeio, Cerro da Árvore, Minas do Camaquã, Santana da Boa Vista, Figueiras, Aberto do Cerro e Arroio Barracão. Foram marcados os seguintes pontos referenciais com um GPS Garmin etrex 30: Ponto n°1: Início do acesso principal à cidade (30°52'16.91"S e  53° 6'54.21"O), com altimetria de 323 metros e; Ponto n° 2: Rodoviária (30°52'16.91"S e  53° 6'54.21"O), com altimetria de 307 metros.

Detalhe dos pontos P1 e P2 e parte do trajeto sobre as Folhas Topográficas do Exército, na escala 1:50.000


A Vila que deu origem à Santana da Boa Vista foi fundada por Jacinto Inácio, em 1822, como forma de pagamento de uma graça alcançada junto a Santa Ana. Jacinto Inácio da Silva (1772/1841), filho de Leonardo Fagundes e Inácia de Jesus (ambos naturais de Ilha Terceira, Açores), segundo registros civis, morador da Costa do Camaquã/Campina (então Caçapava do Sul) por volta de 1792. Homem de posses, dono de sesmaria na região e pessoa de projeção em seu meio, sofreu durante uma caçada, um ataque de uma onça pintada, conhecida no município como Tigra, ferindo-se gravemente, no ano de 1821. Religioso, invocou o nome de Nossa Senhora de Santa Ana, apelando por salvação. Como, por fim, conseguiu abater a fera com uma faca, mandou que fosse erguida uma capelinha de sape, em agradecimento à Santa e doou parte de suas terras para a construção de um vilarejo. 
O município foi emancipado politicamente de Caçapava do Sul, em 17 de setembro de 1965 e em 6 de maio de 1966 foi instalado. Localiza-se em uma região montanhosa, pertencente à Serra das Encantadas. Os morros da região são formados por conglomerados de arenito e seixos, [além de rochas metamórficas como xisto grafitoso e quartzitos]. Uma das características predominantes nestes morros, são os platôs, que de uma forma decrescente, acabam em vales profundos, de mata fechada. 
Possui grande potencial hidrográfico, fazendo parte da Bacia do Rio Camaquã. A cidade conta com três balneários, Passo da Capela, Passo das Carretas e Areião, como atrativos naturais. O local onde se deu a luta de Jacinto Inácio com a Tigra abriga, desde 1996, um parque municipal chamado Parque Toca da Tigra, situado a 5 km da sede. Suas principais atividades econômicas, atualmente, são a agricultura e a pecuária. Fonte: Prefeitura Municipal de Santana da Boa Vista

Parque Municipal da Toca da Tigra (30°51'58.25"S e  53° 5'39.62"O):


Refere-se ao local onde aconteceu a história que deu origem ao Município. Conta com trilhas ecológicas, cachoeiras, barragem para banhistas, espaço para esportes e local para churrasco. Encravada em um vale, a Toca da Tigra é cercada por morros e vegetação nativa. Um córrego de águas cristalinas banha o lugar constituindo um dos braços do Arroio Olaria e também chamado Arroio Toca da Tigra. Além das trilhas, o visitante encontra alguns desafios criados para quem gosta de aventura, como uma passarela com aproximadamente 40 metros de comprimento (30°51'55.01"S e  53° 5'26.50"O).